Vejo míriades de peças... se encaixando. - um cenário que se desvela. O quebra-cabeças acaba... - As vezes, quero chutá-lo. Quero reembaralhar tudo, só as vezes. Mas... qual o significado do que vejo acontecer? Cifras, charadas... Abstrato que me hipnotiza, e não se anuncia. Com um aparência de calmaria. E em mim, deixa um gosto de tempestade no céu da boca...
Que lugar eu tenho nesse desenho? Que função? Eu sabia, há menos de dois anos atrás... No entanto... me afastei tanto... de tudo... Linhas tortas. Ligeiras. Instrumento - eu era. Sim... fui da Shinra... E estou sendo desta revolução, deste recomeço... Acreditei ser mais - penso se deveria... é correto e justo eu ser outra coisa?...
Cruzo ao lado de portas abertas - no escuro luzes de lares pendem... As invejo, como jóias na noite. Arma, eu sou - assim tento silenciar minha ânsia... Arma... para matar quem for preciso, para defender tantos quanto puder...
E... e quando chegar a hora?... aquela... maldita... hora definitiva?... O que faço?... ou farei?... Quem sigo?... Coração? Mente? Essa... programação... que me trai... e me salva?... Por que Fenris'úlfr?... é porque vou destruir este Mundo por ir contra sua vontade, contra o lógico e poupá-lo?... ou por permitir que morra em seu último sacrifício por este Mundo?... Como eu poderia?... Quem vai me segurar?... Quem vai estar lá quando eu perdê-lo ou perder-me?...
Volto. Instinto puro. Me recolho para meu território... Entro sem alarde - eles dormem. Coleciono pistas - cheiros - recordações para meus olhos ausentes, para ouvidos afastados de sua festa, desses sorrisos, e palavras... Por meu próprio desejo... Devo me abster de iludir a eles e a mim: sou o que sempre fui...
Subo e sinto a absoluta certeza de estar sozinho. As máscaras caem... Sou só esse pedaço de carne - um monstro planejado a se parecer com eles, com o crânio cheio demais de perguntas e idéias... Devia ser mais simples: sem raízes. Escrevo. Repasso minhas mudanças... Quase não aceito tudo que fiz, o quanto me distanciei da minha origem...
E hoje, o que fiz - percebo e dói: egoísta. Ele estava feliz com Troy... Ela estava feliz entre eles... com o Santo... Tantos paralelos... Sons harmônicos... Então é assim?... que deveria ser?... Então por que... essa arma... Estrelas ainda, em algum lugar?... Onde?...
Quero me esconder. Me guardem... numa bainha hermética... para acordar com o clamor da batalha. Não me deixem esquecer quem sou, não me dêem sonhos que são perigosos... Olhe só - hmpf! - não perco o fio, nunca... Outra vez, essas garras... Insistentes. Brotam. Flores de morte dos meus ossos. - Hey, podemos estraçalhá-los - elas confessam. E continuam crescendo... Sempre... Como se assegurassem: por mais que eu lute contra, sempre irei feri-los... ainda serei quem fui... Está em mim... Não há cura... ou opção... Não há, meu amado... por mais que você brilhe e me garanta... Para você, também não - eu aprendi isso...
Ficará tudo bem... Não me permitirei machucá-los... Cunhas vermelhas... Pétalas de sangue no chão. E depois, rosas surgindo nas gazes... Cor de morango... ... ... Morangos - lembra?... Minha boca saliva da tua... tenho sede das tuas palavras ingênuas e grandiosas... Troco-as por cigarros... Espere, me deixe, só um pouco... ... ... Deixe-me só calar, um instante... ser morto, como um dia seremos...
Viver é voltar ao passado... "Você é igual a ele" - ela me avejou... Agora entendo... Então é isso?... o motivo dele?... o sentimento dele? - como machuca, Drako, você jamais deveria ter feito isso a si mesmo... Mas eu... eu, há nem tanto tempo atrás assim queria que ele esquecesse essas razões... e estivesse conosco... de verdade... Eu, mesmo... lhe pedia, sem palavras... Então implorei, tsc... Estupidez: nem toda aquela patética cena pôde...
Tanto faz que doesse no fim... tanto faz... Eu quis tanto... ... ... E fiz o mesmo... te virei as costas, não, Amber?... Mas tu... tens esse Mundo para ti... tu fazes parte... tanto para ti... e tu miraste em mim... Tu fizeste a mesma escolha ingrata - está apostando naquele que não vai voltar... "Igual a ele"... Quem pode garantir que acertamos?... ou erramos?...
Baixo a cabeça e penso... penso... parece que vou rachá-la em dois... "Igual a ele"... Queria vê-lo entregando-se à felicidade antes de partir para o confronto... Não temos certeza de quando não os veremos mais...
Deveria ser uma arma... E ele não pode pensar assim dele mesmo...
Eu e ele... somos assim tão parecidos?... Ele me deu tantas lições... Quero dizer-lhe: - hey, se dê uma chance! Não há depois!...
Mas o que fiz?... Incoerente... Tudo tão... ... ... O que quero para ele deve ser o que faço do meu caminho?... Essa é a chave?... Você, Todo, você, será que falaria comigo?
Vou desligar...
Talvez, no escuro... escutando a oração que farei...
e nada mais...
essa arma que tenta ser um herói possa sonhar e encontrar a solução
para o herói que tenta ser só uma arma...
Que lugar eu tenho nesse desenho? Que função? Eu sabia, há menos de dois anos atrás... No entanto... me afastei tanto... de tudo... Linhas tortas. Ligeiras. Instrumento - eu era. Sim... fui da Shinra... E estou sendo desta revolução, deste recomeço... Acreditei ser mais - penso se deveria... é correto e justo eu ser outra coisa?...
Cruzo ao lado de portas abertas - no escuro luzes de lares pendem... As invejo, como jóias na noite. Arma, eu sou - assim tento silenciar minha ânsia... Arma... para matar quem for preciso, para defender tantos quanto puder...
E... e quando chegar a hora?... aquela... maldita... hora definitiva?... O que faço?... ou farei?... Quem sigo?... Coração? Mente? Essa... programação... que me trai... e me salva?... Por que Fenris'úlfr?... é porque vou destruir este Mundo por ir contra sua vontade, contra o lógico e poupá-lo?... ou por permitir que morra em seu último sacrifício por este Mundo?... Como eu poderia?... Quem vai me segurar?... Quem vai estar lá quando eu perdê-lo ou perder-me?...
Volto. Instinto puro. Me recolho para meu território... Entro sem alarde - eles dormem. Coleciono pistas - cheiros - recordações para meus olhos ausentes, para ouvidos afastados de sua festa, desses sorrisos, e palavras... Por meu próprio desejo... Devo me abster de iludir a eles e a mim: sou o que sempre fui...
Subo e sinto a absoluta certeza de estar sozinho. As máscaras caem... Sou só esse pedaço de carne - um monstro planejado a se parecer com eles, com o crânio cheio demais de perguntas e idéias... Devia ser mais simples: sem raízes. Escrevo. Repasso minhas mudanças... Quase não aceito tudo que fiz, o quanto me distanciei da minha origem...
E hoje, o que fiz - percebo e dói: egoísta. Ele estava feliz com Troy... Ela estava feliz entre eles... com o Santo... Tantos paralelos... Sons harmônicos... Então é assim?... que deveria ser?... Então por que... essa arma... Estrelas ainda, em algum lugar?... Onde?...
Quero me esconder. Me guardem... numa bainha hermética... para acordar com o clamor da batalha. Não me deixem esquecer quem sou, não me dêem sonhos que são perigosos... Olhe só - hmpf! - não perco o fio, nunca... Outra vez, essas garras... Insistentes. Brotam. Flores de morte dos meus ossos. - Hey, podemos estraçalhá-los - elas confessam. E continuam crescendo... Sempre... Como se assegurassem: por mais que eu lute contra, sempre irei feri-los... ainda serei quem fui... Está em mim... Não há cura... ou opção... Não há, meu amado... por mais que você brilhe e me garanta... Para você, também não - eu aprendi isso...
Ficará tudo bem... Não me permitirei machucá-los... Cunhas vermelhas... Pétalas de sangue no chão. E depois, rosas surgindo nas gazes... Cor de morango... ... ... Morangos - lembra?... Minha boca saliva da tua... tenho sede das tuas palavras ingênuas e grandiosas... Troco-as por cigarros... Espere, me deixe, só um pouco... ... ... Deixe-me só calar, um instante... ser morto, como um dia seremos...
Viver é voltar ao passado... "Você é igual a ele" - ela me avejou... Agora entendo... Então é isso?... o motivo dele?... o sentimento dele? - como machuca, Drako, você jamais deveria ter feito isso a si mesmo... Mas eu... eu, há nem tanto tempo atrás assim queria que ele esquecesse essas razões... e estivesse conosco... de verdade... Eu, mesmo... lhe pedia, sem palavras... Então implorei, tsc... Estupidez: nem toda aquela patética cena pôde...
Tanto faz que doesse no fim... tanto faz... Eu quis tanto... ... ... E fiz o mesmo... te virei as costas, não, Amber?... Mas tu... tens esse Mundo para ti... tu fazes parte... tanto para ti... e tu miraste em mim... Tu fizeste a mesma escolha ingrata - está apostando naquele que não vai voltar... "Igual a ele"... Quem pode garantir que acertamos?... ou erramos?...
Baixo a cabeça e penso... penso... parece que vou rachá-la em dois... "Igual a ele"... Queria vê-lo entregando-se à felicidade antes de partir para o confronto... Não temos certeza de quando não os veremos mais...
Deveria ser uma arma... E ele não pode pensar assim dele mesmo...
Eu e ele... somos assim tão parecidos?... Ele me deu tantas lições... Quero dizer-lhe: - hey, se dê uma chance! Não há depois!...
Mas o que fiz?... Incoerente... Tudo tão... ... ... O que quero para ele deve ser o que faço do meu caminho?... Essa é a chave?... Você, Todo, você, será que falaria comigo?
Vou desligar...
Talvez, no escuro... escutando a oração que farei...
e nada mais...
essa arma que tenta ser um herói possa sonhar e encontrar a solução
para o herói que tenta ser só uma arma...