domingo, 23 de novembro de 2008

All the things... and the golden strings... in my dreams... just in my dreams...

[New Edda Arch ~ texto 8,
para acompanhar o arco, ler tb:
http://pattybiakko.blogspot.com/]



Tornei-me um andarilho faz tanto tempo...

Parece que foi a minha vida inteira assim... E que todo o resto foi um sonho... Tsc... estou invertendo tudo...

Ontem... Junon... Atolei-me com o povo... Obras por toda a parte... Minhas pernas, pesadas... Continuar a perguntar, sempre as mesmas coisas e ver os rostos, se apagando... Então... Aquela nuvem... E no meio daquele vapor quente e úmido, naquela brancura... Você.

Minha górgona: você. Meu coração: petrificado. O cabelo, dançando curto e dourado como o Sol. A mesma pose, arrogante. Podia não ser você. Meus pés, grudados nas pedras do calçamento, sem conseguir seguir na tua direção. Teu rosto, súbito, me pegando em cheio. A cor de céu perfeito nos teus olhos. Mas teu olhar, distante. A minha boca... engasgada com um milhão de palavras. Mas quando tu te viras, só um grito, o único: teu nome...

E a nuvem te traga. Eu sinto o cheiro dos teus cabelos. Escuto o tilintar de tuas armas. Teu passo, firme. Sem recato, grito mais e mais teu nome, desesperado, e corro, enfim. O bonde quase me colhe. Eu arremeto por suas paredes, de seu teto reto eu te vejo, seguindo... O céu se prolonga, debaixo de mim, branco, suave, te levando de novo.

Pulo, corro. Mais e mais. Onde esteves? Que te aconteceu? Por que está indo embora de novo? Fique! Agonia, meu fôlego, não mais o mesmo. Estou feliz e perdido e corro, tropeço. Repasso enquanto meus passos ecoam, a cena, te ver, repasso muitas e muitas vezes. É como um milagre. Depois de tantos mergulhos no vácuo... a luz do Sol em meu rosto! Como? Você sempre me salva a tempo... E todas as palavras não ditas como um hino em meu peito. Onde você foi?!...

E acordo...

Simplesmente assim...

Acordo, encharcado de suor.

Ainda é noite. Eu cochilei na soleira de uma porta. E ainda há tantas portas para bater... E vielas... tantos rostos desconhecidos... E lá fora a vastidão. O cinza, o cinza, o cinza...

Será outro dia perseguindo o invisível. O intangível.

Meu ódio especial contra os Weapons... Ainda sem achar neles um ponto fraco... Ainda fugindo. Melhorando. Mais forte. Mais resistente. Acumulando sim umas cicatrizes a mais, mas isso não vai me parar.

Estou de pé ainda.

Onde você está?... Não vou voltar sem você. Em algum canto, eu sei, vou topar contigo. Vou te encarar fundo. Então, vou te puxar contra meu peito e sentir que você é sólido e vivo.

Que é de verdade.

Que sempre foi.

Que eu não estou louco em crer...

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